Dados




CINEMA DA FUNDAÇÃO - DERBY (Temporariamente fechado para reforma)

A Sala José Carlos Cavalcanti Borges, no Derby, é a casa do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, ou apenas Cinema da Fundação, localizado no prédio da instituição. Durante os anos 80, o espaço dividia suas pautas entre o teatro (o prédio abrigou o curso de formação de atores, marcador de época), a música e o cinema. Mesmo sem ter programação diária de filmes na estrutura multiúso do auditório José Carlos Cavalcanti Borges (JCCB), a sala apresentou rica oferta ao longo dos anos.

Em 1989 e 1990, o Cineclube Jurando Vingar, liderado, entre outros, pelo hoje cineasta Marcelo Gomes (Cinema Aspirinas e Urubus), teve ali sua casa. No JCCB foram também vistos centenas de vídeos e filmes pernambucanos, e de todo o Brasil, e dezenas de mostras de cinema de todo o mundo. Esse trabalho essencial foi dirigido na época por Anizio Andrade, tendo como superintendente, do então Instituto de Cultura, Silvana Meirelles, a mesma que hoje é responsável pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj. Foram eles que, na segundametade da década de 1990, trabalhando com os equipamentos já deficitários de projeção para cinema 35mm e de luzes cênicas do José Carlos Cavalcanti Borges, partiram para renovar o JCCB através de um projeto do Ministério da Cultura. Essa verba trouxe o que, na época, era o mais moderno sistema de projeção e som para cinema do Norte-Nordeste via projetor americano de marca Strong e som Dolby SR, até então inéditos no Recife, instalados em 1997.

Com a sala de 322 lugares reequipada, e já contando com os serviços do projecionista Joselito Gomes (ex-Art Palácio e Art-Boa Viagem, cinemas extintos) na cabine de projeção, o crítico de cinema e cineasta Kleber Mendonça Filho (que fora estagiário do Jurando Vingar) foi convidado por Silvana Meirelles, em março de 1998, para criar uma política de exibição formadora de público numa cidade culturalmente rica, mas pobre em espaços dedicados ao cinema não comercial. O novo perfil de programação valorizaria a cinefilia num formato diário, trazendo para a sala o tipo de cinema que, de outra maneira, não chegaria ao Recife. Deixar o Cinema da Fundação em sintonia com cinemas de mesmo perfil no mundo, incentivando o prazer da descoberta do cinema eram outros objetivos. Esse perfil estreou na noite chuvosa de 23 de maio de 1998 (28 pagantes) com o filme inglês Bent, de Sean Mathias. Depois de um primeiro ano de pequenas conquistas, que viu o novo espaço atrair aos poucos não apenas o público, mas também parceiros diversos (em especial, os distribuidores), a sala José Carlos Cavalcanti Borges assumiu naturalmente a sua atual identidade: Cinema da Fundação. Foi ainda em 1998 (dezembro) que aconteceu a primeira versão do que seria a mostra Retrospectiva / Expectativa, na época chamada apenas Retrospectiva, e com apenas 14 filmes.

Em 2001, foi integrado à coordenação do cinema o jornalista, crítico e professor de cinema Luiz Joaquim, reforçando e desenvolvendo o trabalho iniciado por Kleber Mendonça. Ao longo dos anos seguintes, o Cinema da Fundação foi se firmando como um espaço cada vez mais aberto à produção local e nacional, sem nunca dar a devida atenção ao cinema mundial e ao estímulo do debate, incluindo aí a presença de diretores de cinema em sessões especiais ou mostras específicas.  Nos primeiros meses de 2005, a sala ficou interditada (por oito meses) para uma reforma estrutural, quando foram trocadas as antigas cadeiras por poltronas novas, maiores e confortáveis, reduzindo, com isso, a capacidade para 197 poltronas contra as anteriores 322 cadeiras. Com o patrocínio da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o trabalho de reestruturação também ganhou um tratamento acústico e novo espaço para portadores de deficiência física (quatro lugares), além de um elevador hidráulico. Em 2006, o Cinema da Fundação inovou mais uma vez tornando-se, na região, a primeira sala de cinema com projeção digital profissional. Fazendo parte da rede de distribuição da empresa Rain, hoje Auwe. Através do sistema Kinocast, nossa sala passaria a lançar, a partir dali, também títulos só disponíveis no formato digital. Desta forma, o Cinema da Fundação integrava o público recifense com o mundo cinematográfico ainda mais rápido do que habitualmente fazia. A novidade abriu ainda a possibilidade de o espaço virar um concorrido local para o lançamento de vídeos pernambucanos, em função da excelente qualidade do projetor digital profissional.
Em 2011, o Cinema da Fundação bateu o seu próprio recorde de público, atraindo mais de 62 mil espectadores ao longo de uma programação intensa, que incluiu cerca de dez mostras de filmes, com parceiros importantes, como a Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal e os Consulados da França e o da Espanha.

CINEMA DA FUNDAÇÃO - CASA FORTE (Museu do Homem do Nordeste)

Fruto de um projeto iniciado em 2012, a Fundação Joaquim Nabuco entregou à sociedade, no dia 21 de agosto de 2015, mais um equipamento cultural: o Cinema do Museu do Homem do Nordeste (no auditório Benício Dias, Av. Dezesse de Agosto, 2187, Casa Forte, Recife).Dotado de 166 poltronas, inclui um assento para obeso e outro para pessoa com mobilidade reduzida, além de contar com espaço para quatro cadeirantes.Pensado para ser concebido e funcionar dentro do conceito Art House, com uma programação de repertório, o novo cinema foi equipado com tecnologia de projeção digital DCP, com distribuição de som Dolby Digital 7.1  e, em breve, oferecerá projeção analógica em 35mm, assim como sua sala irmã, o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (em atividade regular no bairro do Derby desde 1998). Desta forma, o Cinema do Museu estará apto também a programar mostras de filmes raros em parceria com cinematecas e acervos de colecionadores.Com média de quatro sessões diárias, o Cinema do Museu funciona de terça a domingo, lançando sempre uma nova programação toda quinta-feira.Os ingressos para sessões 2D custam R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia- entrada). Para filmes 3D, o ingresso custa R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia- entrada).Toda terça-feira, o espaço oferece a promoção do preço único de R$ 5 (filmes 2D) e R$ 7 (filmes 3D). Já na quarta-feira, professores, da rede pública ou privada, têm acesso livre ao cinema, mediante apresentação de documentação comprobatória, como parte do projeto Sessão Bossa Mestre, que procura estimular o aproveitamento do cinema  por parte de educadores para a formação cultural e social de seus alunos.



O CAFÉ CASTIGLIANI teve sua despedida dia 22 dez 2016 na Fundação Joaquim Nabuco no Derby, a uns 3 metros do Cinema da Fundação. O prédio inteiro entra numa nova fase da reforma-restauro que já vinha acontecendo há quase um ano. O Castigliani foi um sucesso nos últimos 9 anos, um café que foi o melhor parceiro que esse espaço de cultura poderia ter, um espaço para encontros, conversas e tramas. E o melhor café expresso do Recife. Registramos aqui nossa admiração pelo trabalho de Leonardo Lacca e Nara Oliveira e sua equipe. Apareceram quase 300 pessoas para dar um alô final ao Castigliani. Desejamos sucesso para o Castigliani no futuro.


Reforma do prédio da Fundação Joaquim Nabuco, Derby - dez 2015

Reforma do prédio da Fundação Joaquim Nabuco, Derby - dez 2015

Reforma do prédio da Fundação Joaquim Nabuco, Derby - dez 2015

Reforma do prédio da Fundação Joaquim Nabuco, Derby - dez 2015



Cinema do Museu - acervo Fundaj, 20.08.2015

Kleber Mendonça e Silvana Meireles - acervo Fundaj 20.8.2015







Fundação Joaquim Nabuco apresenta Cinema do Museu

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) inaugurou seu novo espaço cultural, no dia 20 de agosto de 2015 – o Cinema do Museu do Homem do Nordeste (no auditório Benício Dias), em
Casa Forte. Após três anos de trabalho e dedicação de uma equipe multidisciplinar, a sala foi apresentada, durante solenidade, a convidados externos.
Representando o ex-presidente Fernando Freire, a ex-diretora da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA), Silvana Meireles, falou sobre todos os processos e homenageou os profissionais envolvidos no projeto. Em sua fala, a atual secretária de Cultura de Pernambuco destacou a importância do equipamento como mais um instrumento de formação cidadã para o estado e o País. “Este é um momento especial. Foram muitas pessoas envolvidas para que esse sonho pudesse ser materializado. Acredito que equipamentos públicos devem servir para isso, fomentar a Educação e formar cidadãos. Agradecemos ao então presidente Fernando Freire que apostou, acreditou e apoiou este projeto”, afirmou.
Já o curador dos cinemas da Fundação Joaquim Nabuco, o realizador Kleber Mendonça Filho, destacou os investimentos do Ministério da Educação e ratificou o compromisso em manter a mesma programação “plural, democrática, não comercial e de excelência” que marca há anos o Cinema da Fundaj.  “Todos estão de parabéns. Conseguimos mostrar que é possível oferecer filmes de qualidade fora dos shoppings e essa continuará sendo a nossa marca”.
Antes de descerrar a placa de inauguração do Cinema do Museu, o presidente da Fundaj, professor Paulo Rubem Santiago, homenageou os servidores da instituição pelo esforço conjunto. “Cheguei aqui há pouco tempo e ganhei de presente um cinema. O professor Fernando Freire e todos os servidores que se empenharam neste sonho estão de parabéns. Este espaço certamente servirá aos propósitos de convergir Educação e Cultura. E graças aos profissionais que aqui trabalharam, isso será possível.”
Entre as presenças, o cônsul geral da França no Recife, Bruno Bisson; o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja; o vice-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, professor Silvio Romero de Barros Marques e o diretor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte, professor Helcio Mattos. 
CINEMA DO MUSEU ABERTO AO PÚBLICO DIA 21 DE AGOSTO DE 2015
Com 166 poltronas, a sala – Abriu para exibição diariamente, exceto às segundas-feiras – conta com moderno sistema de projeção e sonorização. Programação será atrelada também a eventos promovidos pelo Museu do Homem do Nordeste. Com projeção digital 4K, sonorização digital Dolby de 5.1 e 7.1 canais e modernas caixas acústicas, o Cinema do Museu prevê ainda exibições em 35mm, como forma de manter espaço para a exibição de filmes de arquivo no formato tradicional. Com curadoria dos responsáveis pela Coordenação de Cinema da Fundaj, o cineasta Kleber Mendonça Filho e o jornalista Luiz Joaquim. Cumprindo sua função de interligar Educação e Cultura, o Cinema do Museu terá também atividades atreladas às atividades do Museu do Homem do Nordeste, no sentido de promover ações culturais e de preservação da história regional.

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Cinema da Fundação de Casa Forte já está em obras
Programação seguirá o mesmo formato da sala do Derby


Júlio Cavani - Diario de Pernambuco
Publicação: 12/05/2014

A promessa de construção de uma unidade do Cinema da Fundação no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife, até o fim do ano, começou a sair do papel. A nova sala de exibição funcionará no Museu do Homem do Nordeste, na Avenida 17 de Agosto, onde já há uma placa do governo federal que anuncia a construção. As obras foram iniciadas há um mês e devem ser concluídas até setembro, quando serão comprados, por licitação, os equipamentos de som e projeção, a tela e as poltronas. A inauguração está prevista para novembro ou dezembro.

“Tivemos que escavar para garantir a inclinação da plateia”, explica Silvana Meireles, diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Segundo ela, o auditório que existia no lugar onde funcionará o cinema tinha o piso plano e não há um teto alto o suficiente para erguer uma plataforma inclinada.

A programação seguirá o modelo do Cinema da Fundação, que funciona no bairro do Derby, no prédio do Espaço Cultural Mauro Mota. As obras físicas estão orçadas em R$ 502,399 (sem contar com os equipamentos e as instalações) e são realizadas pela construtora Concreferro.

Os recursos são do governo federal porque a Fundaj é autarquia do Ministério da Educação. O investimento é de R$ 950 mil.

Haverá também um palco para debates e seminários. O projeto tem recebido consultoria do arquiteto Osvaldo Emery, do Rio de Janeiro, que trabalha na Cinemateca Brasileira e é especializado em conforto ambiental e acústica arquitetônica audiovisual. O profissional trabalhou na última reforma do Cinema da Fundação.

O Museu do Homem do Nordeste integra o Campus Gilberto Freyre, conjunto de prédios da Fundaj em Casa Forte, onde também funcionam a presidência da instituição e as galerias de arte Baobá e Massangana. O cinema funcionará no local do Auditório Benício Dias, no Edifício Gil Maranhão, atrás do jardim onde estão um barco, um bonde e uma locomotiva, com uma carruagem na entrada.


 35mm

Além de sistema de projeção digital de alta resolução (2K), o Cinema do Museu exibirá filmes com projetor para películas de 35 milímetros. Como a tecnologia analógica está cada vez mais em desuso e será aposentada este ano no circuito comercial, a Fundaj ainda não encontrou um fabricante que venda o aparelho novo. Segundo Silvana, se o equipamento não estiver disponível, a solução será a busca por uma doação. Nesta semana, o grupo Cinépolis, que atua no Shopping Guararapes, anunciou que doará os projetores de 35 mm.

Capacidade

Cinema da Fundação
Derby
197 poltronas

Cinema do Museu
Casa Forte
180 poltronas

Espaço funcionará dentro do Museu do Homem do Nordeste, na Av. 17 de agosto

Foi necessário escavar para garantir inclinação da plateia. Fotos: RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS






























maio 2014 - criando forma o cinema do Museu

maio 2014 - criando forma o cinema do Museu

outubro 2014 - criando forma o cinema do Museu

outubro 2014 - criando forma o cinema do Museu

janeiro 2015 - chegando os equipamentos do cinema do Museu





Reabertura do cinema da Fundação - 15 anos (jul 2013)

O Cinema da Fundação Joaquim Nabuco volta totalmente reequipado com o que há de mais moderno em projeção e som, sendo agora a sala com perfil público mais bem aparelhada do país, no ano em que sua programação completa 15 anos. É um trabalho de cinefilia aplicada que tem encontrado enorme apoio de um público que enxerga no cinema não apenas diversão, mas também um instrumento poderoso de cultura e educação.



















Memória do cinema da Fundação - 15 anos



Entre 1999 e 2001, escrevíamos o roteiro e dirigíamos vinhetas publicitárias de 30 segundos anunciando a programação da semana no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Elas iam ia ar nos "buracos" das grades comerciais da TV Universitária de Pernambuco, da TV Jornal e da Rede Globo Nordeste (uma cortesia destas TVs). A edição dos vídeos era feita por João Maria (e algumas, na última fase, por Leonardo Sette) nos estúdios da Massangana Multimídia (Fundaj). O texto em off era lido por Mônica Fontana. No link abaixo, alguns dos títulos que foram ao ar pela TV neste período. 

Entre 1999 e 2001,eu (Luiz Joaquim) e Kleber Mendonça Filho escrevíamos o roteiro e dirigíamos vinhetas publicitárias de 30 segundos anunciando a programação da semana no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco. Elas iam ia ar nos "buracos" das grades comerciais da TV Universitária de Pernambuco, da TV Jornal e da Rede Globo Nordeste (uma cortesia destas TVs). A edição dos vídeos era feita por João Maria (e algumas, na última fase, por Leonardo Sette) nos estúdios da Massangana Multimídia (Fundaj). O texto em off era lido por Mônica Fontana. 

Abaixo, alguns dos títulos que foram ao ar pela TV neste período e que constam neste trecho aqui postado no Youtube. Enjoy!
- Nó na Garganta | - A Cicratiz | - A Hora Mágica | - Psicose/Vertigo | - O Destino | - Festival Warner | - Festa de Família | - Kundun | - Aprile | - Vermelho Sangue | - Deuses e Monstros | - Sitcom | - Mortos de Fome | - Hana-Bi | - A Trapaça  | - 2001, Uma Odisseia no Espaço | - Desconstruindo Harry | - A Maçã | - Mostra Bresson | - Hilary e Jackie | - Os Idiotas | - Hapiness / Felicidade | - Mifune | - Vamos Nessa | - O Grande Lebowski | - Os Amantes do Círculo Polar | - A Mulher do Lado | - Rushmore | - 4 Clássicos Brasileiros | - A Vida Sonhada dos Anjos | - Retrospectiva 1999 | - Nos que Aqui Estamos, por Vos Esperamos | - Cora Lola, Corra | - Dogma | - Amigas de Colégio | - Eleição | - Quando Tudo Começa | - Trem da Vida | - Buena Vista Social Club | - O Mundo de Andy | - Babilônia 2000 | - O Espelho | - Perdas e Danos | - A Viúva de Saint Pierre | - Amores Brutos | - Amor à Flor da Pele | - Mentiras | - Malèna | - A Hora do Show | - Os Incompreendidos | - Milagre em Juazeiro | - Tabu | - Bem-vindos | - As Bodas




O Ministério da Cultura (MinC) e a Fundação Joaquim Nabuco, ligada ao MEC, firmaram acordo de cooperação técnica, em 29 de abril de 2013, com o objetivo de desenvolver ações conjuntas para a promoção de políticas públicas audiovisuais.
O Ministério da Cultura e a Fundação Joaquim Nabuco - instituição ligada ao Ministério da Educação - firmaram novo acordo de cooperação técnica, em 29 de abril de 2013, com o objetivo de desenvolver ações conjuntas para a promoção de políticas públicas audiovisuais. O convênio foi assinado pelo presidente da Fundaj, o Prof. Dr. Fernando José Freire; e o Secretário do Audiovisual, Sr. Leopoldo Nunes da Silva Filho – na ocasião representando o Ministério da Cultura (MinC).


Com a nova formalização de cooperação técnica entre o MinC e a Fundaj está garantida a execução do Programa Cine Educação, à consecução dos trabalhos do Centro Audiovisual do Norte-Nordeste (CANNE/Fundaj), em conjunto com com Centro Técnico Audiovisual (CTAv/SAv), além de possibilitar o desenvolvimento das ações no âmbito das Regiões Norte e Nordeste, abrangendo toda a cadeia produtiva do audiovisual como a difusão, formação, inovação tecnológica, intercâmbio técnico e preservação.
"O que houve foi a renovação e ampliação de uma cooperação que se iniciou com o Ministro Gilberto Gil em 2008. Agora, toda a cadeia produtiva do audiovisual será fortalecida nas Regiões Norte e Nordeste, com ênfase na difusão, formação e produção", explicou a diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA/Fundaj), Silvana Meireles.  As ações, segundo a diretora, serão focadas no CANNE/Fundaj e na preservação de acervo audiovisual. "A Fundaj quer ampliar sua cinemateca e desenvolver um projeto de preservação do cinema contemporâneo no Nordeste, através de uma articulação com a Cinemateca Brasileira, que é ligada à Secretaria do Audiovisual, e o intercâmbio de técnicos especializados", completou Silvana Meireles.

O gerenciamento da execução das atividades decorrentes do acordo de cooperação técnica MinC-Fundaj será feito pela Secretaria do Audiovisual (MinC) e pela diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA/Fundaj).

CINE-PE
Em 2 de maio de 2013, no encerramento do CINE-PE, o Centro Audiovisual do Norte-Nordeste (CANNE/Fundaj) foi homenageado com um prêmio, em reconhecimento ao trabalho prestado pela valorização do segmento audiovisual nas Regiões Norte e Nordeste. Silvana Meireles comentou a premiação: "Esse reconhecimento é uma valorização do trabalho prestado pelo CANNE. Agora, a partir da renovação da cooperação técnica entre a Fundaj e o MinC, reativaremos o conselho gestor do CANNE".


Maria Fernando Coelho (museóloga, responsável pelo projeto da construção da cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco), Kleber Mendonça e Luiz Joaquim (Curadores do Cinema da Fundação) com o Presidente da Fundaj, Fernando Freire e a Diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj Silvana Meirelles.
Fernanda Coelho, Kleber Mendonça, Luiz Joaquim,  Presidente da Fundaj - Fernando Freire e Diretora da MECA -  Silvana Meireles na coletiva no dia 28.11.2012 - fotos: Érica Colaço

Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA) da Fundaj anuncia investimentos e expansão no setor audiovisual


A Fundação Joaquim Nabuco, através da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte - MECA, chega ao final de 2012 e divulga oficialmente ações importantes que irão trazer uma colaboração ainda maior da instituição junto ao cenário audiovisual nos âmbitos local, regional e nacional. O anúncio feito pelo Presidente da instituição, Prof. Dr. Fernando José Freire, e pela diretora de cultura Silvana Meireles, dão conta de projetos que vêm sendo executados já há algum tempo, e que agora encontram-se em pleno de desenvolvimento. Os quatro projetos aqui divulgados contemplam as áreas de difusão e programação, assim como preservação da memória audiovisual.

Cinema da Fundação - Novos Equipamentos 

A captação e exibição cinematográficas passam atualmente por momento histórico que vê as tecnologias migrando do analógico para o digital, um processo irreversível. O Cinema da Fundação Joaquim Naubuco recebe em média 60 mil espectadores por ano, e ocupa lugar de grande destaque no cenário brasileiro de salas não-comerciais formadoras de público. A sala abre espaço para filmes de todo o mundo, do Brasil e da região, e em muito contribui para o atual e destacado cenário audiovisual pernambucano, divulgando o cinema e promovendo o debate em torno dos filmes. .

O Cinema da Fundação, localizado no Cineteatro José Carlos Cavalcanti Borges, bairro do Derby, terá seus equipamentos de som e projeção totalmente atualizados com a mais nova tecnologia disponível hoje. Isso irá somar novas possibilidades de difusão técnica e de programação à projeção 35mm, que será mantida na cabine de projeção da sala.    

As novas aquisições para a cabine incluem: 

* Projetor digital Barco 22B 4K
* Servidor DCP GDC 2K e 4K
* Processador digital de som Dolby CP 650 (compatível com 35mm e DCP)
* 12 caixas acústicas frontais (esquerda, direita, central, surround e subwoofer) marca JBL. 
* 9 amplificadores de potência marca Crown. 
* Administrador de mídia para som e imagem Scaler da marca Barco. 
* 500 óculos Dolby 3D. 
* Leitor de som digital Dolby para cópias 35mm. 

Com esses equipamentos, o Cinema da Fundação poderá expandir sua capacidade de exibir obras audiovisuais em múltiplos formatos (35mm, DCP 2K, 4K e 3D, Auwe Digital, Blu-ray e DVD, arquivos de imagem a partir de computadores). A leitura de som 35mm, antes no formato Dolby SR analógico), passa a ser Dolby Digital 5.1. 

No formato DCP, que foi desenvolvido para substituir cópias 35mm, o novo sistema de projeção a ser instalado no Cinema da Fundação oferece a mais alta resolução (4K) hoje disponível para a projeção digital de filmes no formato digital DCP. A sala irá tornar-se referência. 

O Cinema da Fundação será ainda o cinema de perfil público mais bem equipado do Brasil. Em termos de apresentação, terá equipamentos de melhor e maior qualidade do que a grande maioria das salas comerciais em atividade no Recife e no país. 

O Cinema da Fundação havia passado por duas reformas técnicas nos últimos 15 anos. Em 1997, recebeu moderno sistema de projeção e som para 35mm (projetor Strong e processador Dolby CP 65 com caixas JBL), equipamento que serviu a sala durante esses anos. Esse mesmo sistema de som foi o primeiro do tipo instalado do Recife antes do sistema multiplex, mas hoje o processador Dolby e suas caixas acústicas encontram-se defasados. 

Em 2005, a sala foi pioneira também ao ser a primeira na cidade a utilizar o sistema de projeção digital da Rain Network (atualmente Auwe Digital) com um servidor de conteúdo digital e projetor Panasonic HD (1.3 K).  

Previsão de Instalação: primeiro semestre 2013. O processo de aquisição dos novos equipamentos para o Cinema da Fundação teve início em novembro de 2011, com pesquisas técnicas em torno de uma tecnologia nova, a montagem do termo de referência e construção do projeto. Foi um processo lento dada a complexidade da compra e a natureza desse tipo de operação no serviço público. Esse processo encontra-se em fase de conclusão. 


Chegada e Instalação dos novos equipamento do Cinema da Fundação - jun 2013






















O Cinema da Fundação em Fortaleza - Convênio Instituto Dragão do Mar

No dia 8 de novembro de 2012, na cidade de Fortaleza, foi assinado um acordo de cooperação entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC). O acordo, assinado pelo presidente da FJN, Fernando José Freire, e o presidente do IACC, Paulo Linhares, faz parte da política de descentralizações das ações da Fundação Joaquim Nabuco na busca de consolidar seu papel de instituição regional.

Pela parceria, a FJN irá trabalhar no sentido de programar as duas salas de cinema do centro de cultura Dragão do Mar, localizado no centro de Fortaleza, junto à sua área histórica. O espaço, que além das duas salas de cinema, conta com teatro, galeria de arte, planetário e café, é um rico espaço de cultura para a comunidade local. A partir do acordo, os cinemas terão a chancela "Cines Dragão do Mar / Cinema da Fundaj". Na opinião de Linhares, o “Cinema da Fundação” é “o cinema de arte que melhor funciona hoje no Brasil”.

As duas salas de cinema do Dragão do Mar foram programadas até 2012 pelo grupo Espaço, comandado por Adhemar Oliveira, responsável pelos cinemas Itaú Arteplex. O acordo entre a FJN e a Secretaria de Cultura prevê reequipar as duas salas com projeção DCP 2K e pelo menos uma delas com projeção 35mm, uma vez que os antigos equipamentos não fazem mais parte das salas. 

A idéia é deixar as duas salas perfeitamente equipadas para poderem receber uma programação de qualidade de todo o mundo, do Brasil e da região. A capital cearense tem perfil semelhante ao do Recife, uma produção e um consumo de cultura forte, com demanda reprimida muito grande de filmes fora do circuito comercial, que, a grosso modo, abre o seu espaço para o cinema comercial brasileiro e, em especial, hollywoodiano. 

Fortaleza é uma cidade que não apenas consome cinema, mas que também tem produção cinematográfica de destaque e que aponta para várias vertentes, com participações importantes em festivais internacionais. As duas salas do Dragão do Mar deverão estimular o debate a partir da exibição de filmes, com a presença de realizadores do Brasil e do exterior, numa programação cinéfila e que deverá valorizar a diversidade. 

Os programadores do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco Kleber Mendonça Filho e Luiz Joaquim deverão contar com parceria de um curador local para afinar essa programação. 

Previsão de Início da Programação: 2013 - Foi apresentada como condição para nosso acordo de parceria que as duas salas do Dragão do Mar estivessem totalmente reequipadas. 

Abertura do Cine Dragão Fundação - 3 a 6 setembro de 2013 - Fortaleza CE





O Cinema da Fundação recebeu a visita de Pedro Moreira, Flavia Muluc e Salomão Santana, parte da equipe das novas salas do Dragão do Mar em Fortaleza, que abrem 3 de Setembro 2013 muito bem equipadas. A programação das salas será feita em parceria com o Cinema da Fundação. Foram dois dias discutindo filmes, salas de cinema e uma programação que irá prezar a cinefilia.










Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco

Outro acordo de cooperação técnica importante ocorreu entre a Fundação Joaquim Nabuco e o Ministério da Cultura, pela Cinemateca Brasileira, no desenvolvimento de projeto de preservação do cinema do Nordeste.

Desde agosto, a especialista em preservação e profissional com vasta experiência no quadro da Cinemateca Brasileira, Fernanda Coelho, começou período de trabalho e colaboração junto à Fundação Joaquim Nabuco, onde encontra-se desempenhando suas funções na Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte - MECA. A vinda dessa especialista visa ampliar uma cinemateca na FJN que passe a guardar e preservar um arquivo audiovisual regional, podendo também abrir espaço para a produção brasileira.  

O projeto da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco dá continuidade aos esforços que já existiam nesta instituição, e que salvaram produção essencial para entender o cinema brasileiro e pernambucano que é o Ciclo do Recife de cinema mudo, na década de 1920, trabalho feito nos anos 1980 e 1990 junto à própria Cinemateca Brasileira, que restaurou obras como A Filha do Advogado, de Jota Soares, e Aitaré da Praia, de Gentil Roiz. 
O projeto, atualmente desenvolvido por Fernanda Coelho junto à FJN e a Cinemateca Brasileira, segue a seguinte filosofia para Arquivos Audiovisuais:
REUNIR acervo – obras cinematográficas, em qualquer suporte, e os objetos e documentos correlacionados às produções, que contextualizam e aprofundam a compreensão destas obras audivisuais;
DOCUMENTAR o acervo, tanto as obras audiovisuais quanto os objetos e documentos relacionados, organizando as informações de forma a permitir e facilitar o acesse às obras, aos documentos e às informações sobre cada obra;
CONSERVAR os objetos-suportes da obras audiovisual, os objetos e documentos relacionados, com o objetivo de propiciar a longevidade destes materiais por tempo museológico (não inferior a 100 anos);
DIFUNDIR as obras cinematográficas, os documentos e as informações sobre o acervo, da forma mais ampla possível, tanto na atualidade quanto para as gerações futuras.
O conjunto destas ações, efetuadas de forma coordenada e inteligente, constituiem o ciclo da PRESERVAÇÃO AUDIOVISUAL, missão principal de qualquer cinemateca/Arquivo Audiovisual. 
A mesma preocupação que levou a FJN a atualizar o Cinema da Fundação e que observa mudanças históricas na tecnologia guia a preocupação de criar e manter um acervo da produção áudiovisual atual, num momento em que a produção cinematográfica feita no Brasil, e em Pernambuco, já migrou efetivamente para o digital. Além disso, o cinema feito no Nordeste, e em especial no estado de Pernambuco, ganhou enorme destaque no cenário brasileiro e internacional com a chegada das novas tecnologias de produção digital, a mesma tecnologia que traz uma fragilidade no campo da preservação para essa produção. 

A grande discussão no mundo hoje é achar formas inteligentes e seguras de preservar essa produção originada eletrônica e digitalmente, construída em cima de tecnologias que ainda não passaram pelo teste do tempo.  

Nesse sentido, será necessário criar as condições necessárias e estabelecer ações sistêmicas com o objetivo de preservar a cinematografia das regiões Norte e Nordeste – em qualquer suporte, analógico ou digital. 
Atuando sempre em sintonia com as leis que regem os direitos jurídicos das produções audiovisuais, buscar a parceria dos produtores e realizadores na construção deste espaço de Memória e, principalmente, de reflexão. 
Para tanto, será necessário:
Constituir uma filmografia que identifique os filmes produzidos em cada Estado das regiões Norte e Nordeste, desde as primeiras produções até a atualidade, independentemente de gênero, duração ou tema; 
Localizar e reunir os materiais-suportes das obras (películas, fitas, HDDs, etc.); armazená-los adequadamente e dar tratamento técnico pertinente de catalogação e de conservação, de forma a promover a perenidade das obras e permitir o acesso com segurança;
Reunir, catalogar e conservar os documentos e objetos co-relacionados às obras audiovisuais do Norte/Nordeste, que contextualizam e permitem a compreensão aprofundada de cada obra;
Identificar títulos em risco de desaparecimento, parcial ou total, e buscar os meios necessários para garantir a sobrevivência dessas obras;
Dar acesso amplo às obras, aos documentos correlatos e às informações – técnicas e de conteúdo – acerca de cada título pertencente ao acervo e, na medida do possível, de toda filmografia levantada.
O projeto da Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco tem o perfil de curto e longo prazos. Atualmente, a Cinemateca da FJN passa por processo de re-equipar-se com algumas reformas físicas que poderão garantir excelência técnica no guardo do seu acervo. 


Fernanda Coelho, da Cinemateca Brasileira em parceria com o Cinema da Fundação para implantar a Cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco


















Cinema da Fundação Joaquim Nabuco no Museu do Homem do Nordeste - Casa Forte
Com 60 mil espectadores anuais no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, na sala José Carlos Cavalcanti Borges, no Derby, muitas vezes mostrando sinais de que não há como crescer mais com seus 200 lugares, a instituição prepara-se para investir num segundo espaço na unidade Casa Forte, região oeste do Recife. Esta semana foi realizada a licitação para a reforma do auditório Benício Dias, no Museu do Homem do
Nordeste, prédio da instituição no bairro de Casa Forte. O prédio, à próposito, foi o primeiro pensando em sua composição arquitetônicamente para abrigar um museu.
Os parâmetros para a reforma do espaço contaram com a assessoria do técnico Osvaldo Emery – tendo esta sua participação também sido fruto da parceria entre a Fundaj e Cinemateca Brasileira. Emery foi ainda figura fundamental nos acertos do detalhamento técnico para definir  os novos equipamentos de projeção digital e som a serem adquiridos para o Cinema da Fundação, sala do Derby.
Para a nova sala de cinema no prédio do Museu, com aproximadamente 170 lugares, o projeto prevê modernos equipamentos de projeção em 35mm e digital DCP, um café e a parceria direta com a missão do Museu do Homem do Nordeste, um dos braços mais conhecidos e respeitados da mesma instituição, há mais de 40 anos. 
A expansão do padrão de programação do Cinema da Fundação dentro da própria instituição faz-se relevante num cenário exibidor local que chega a 56 salas comerciais contra quatro salas alternativas atualmente (Cinema da Fundação Derby, São Luiz, Cine-Teatro Apolo e uma das três salas do Cine Rosa e Silva). 
O bairro de Casa Forte também apresenta o espaço ideal para o público da zona norte e oeste, localizado no seio da própria instituição. 
Com uma segunda sala de cinema, a FJN irá aumentar o espectro de diversidade que vem oferecendo há anos, com excelente qualidade de projeção e preços que constituem metade dos praticados pelo mercado. 
Previsão de Conclusão: 2014. Será realizada reforma estrutural no auditório Benício Dias e aquisição de novos equipamentos de projeção e som.   

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V Janela Internacional de Cinema do Recife - Foto Victor Jucá


A Sala José Carlos Cavalcanti Borges, no Derby, é a casa do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, ou apenas Cinema da Fundação, localizado no prédio da instituição. Durante os anos 80, o espaço dividia suas pautas entre o teatro (o prédio abrigou o curso de formação de atores, marcador de época), a música e o cinema. Mesmo sem ter programação diária de filmes na estrutura multi-uso do auditório José Carlos Cavalcanti Borges (JCCB), a sala apresentou rica oferta ao longo dos anos. 

Em 1989 e 1990, o Cineclube Jurando Vingar, liderado, entre outros, pelo hoje cineasta Marcelo Gomes (Cinema Aspirinas e Urubus), teve ali sua casa. No JCCB foram também vistos centenas de vídeos e filmes pernambucanos e de todo o Brasil, dezenas de mostras de cinema de todo o mundo. Esse trabalho essencial foi dirigido na época por Anizio Andrade, tendo como superintendente, do então Instituto de Cultura, Silvana Meirelles, a mesma que hoje responsável pela Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundaj. Foram eles que, na segunda metade da década de 1990, trabalhando com os equipamentos já deficitários de projeção para cinema 35mm, e de luzes cênicas do José Carlos Cavalcanti Borges, partiram para renovar o JCCB através de um projeto do Ministério da Cultura. Essa verba trouxe o que na época era o mais moderno sistema de projeção e som para cinema do norte-nordeste via projetor americano de marca Strong e som Dolby SR, até então inéditos no Recife, instalados em 1997. 

Com a sala de 322 lugares reequipada, e já contando com os serviços do projecionista Joselito Gomes (ex-Art Palácio e Art-Boa Viagem, cinemas extintos) na cabine de projeção, o crítico de cinema e cineasta Kleber Mendonça Filho (que fora estagiário do Jurando Vingar) foi convidado por Silvana Meirelles, em março de 1998, para criar uma política de exibição formadora de público numa cidade culturalmente rica, mas pobre em espaços dedicados ao cinema não comercial. O novo perfil de programação valorizaria a cinefilia num formato diário, trazendo para a sala o tipo de cinema que, de outra maneira, não chegaria ao Recife. Deixar o Cinema da Fundação em sintonia com cinemas de mesmo perfil no mundo, incentivando o prazer da descoberta do cinema eram outros objetivos. Esse perfil estreou na noite chuvosa de 23 de maio de 1998 (28 pagantes) com o filme inglês Bent, de Sean Mathias. Depois de um primeiro ano de pequenas conquistas que viu o novo espaço atrair aos poucos não apenas o público, mas também parceiros diversos (em especial os distribuidores), a sala José Carlos Cavalcanti Borges assumiu naturalmente a sua atual identidade: Cinema da Fundação. Foi ainda em 1998 (dezembro) que aconteceu a primeira versão do que seria a mostra mais tarde a Retrospectiva / Expectativa, na época chamada apenas Retrospectiva, e com apenas 14 filmes.

Em 2001, foi integrado à coordenação do cinema o jornalista, crítico e professor de cinema Luiz Joaquim, reforçando e desenvolvendo o trabalho iniciado por Kleber Mendonça. Ao longo dos anos seguinte, o Cinema da Fundação foi se firmando como um espaço cada vez mais aberto à produção local e nacional, sem nunca dar a devida atenção ao cinema mundial e ao estímulo do debate, incluindo aí a presença de diretores de cinema em sessões especiais ou mostras específicas.  Nos primeiros meses de 2005 a sala ficou interditada por oito meses para uma reforma estrutural, quando foram trocadas as poltronas por novas, maiores e confortáveis, reduzindo, com isso, a capacidade para 197 poltronas contra as anteriores 322 cadeiras. Com o patrocínio da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o trabalho de reestruturação também ganhou um tratamento acústico e novo espaço para portadores de deficiência física (quatro lugares), além de um elevador hidráulico. Em 2006, o Cinema da Fundação inovou mais uma vez tornando-se, na região, a primeira sala de cinema com projeção digital profissional. Fazendo parte da rede de distribuição da empresa Rain, hoje Auwe. Através do sistema Kinocast, nossa sala passaria a lançar, a partir dali, também títulos só disponíveis no formato digital. Desta forma, o Cinema da Fundação integrava o publico recifense ainda mais rápido, do que habitualmente fazia, com o mundo cinematográfico. A novidade abriu ainda a possibilidade de o espaço virar um concorrido local para o lançamento de vídeos pernambucanos, em função da excelente qualidade do projetor digital profissional.

Em 2011, o Cinema da Fundação bateu o seu próprio recorde de público, atraindo mais de 62 mil espectadores ao longo de uma programação intensa, que incluíu cerca de dez mostras de filmes, com parceiros importantes como a Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, e os Consulados da França e o da Espanha.
O número de espectadores que aumentou em relação ao ano de 2010 foi um pouco mais de 100 pessoas, demonstrando que a capacidade do espaço chegou ao seu limite, se considerarmos a demanda de procura pelos pernambucanos ao local.


Em julho de 2013 o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco voltou totalmente reequipado com o que há de mais moderno em projeção e som. Isso aconteceu no ano em que nossa programação completou 15 anos. A sala passou a contar com tecnologia de imagem e som que completa a transição para a tecnologia digital, iniciada oito anos atrás com o projetor digital pioneiro de primeira geração instalado no auditório José Carlos Cavalcante Borges, no prédio do Derby, conhecido na cidade como Cinema da Fundação. A atualização técnica do cinema representou um investimento de R$ 651 mil, que confirma nosso cinema como sala modelo. O projetor 35mm não será aposentado na nossa cabine. Continuará sendo usado para que a programação possa apresentar múltiplos formatos de projeção analógica e digital, incluindo Blu-ray, o novo formato DCP (Digital Cinema Package) e 3D. O espectador continuará sendo informado sobre os formatos de apresentação de cada filme na nossa programação.  
A qualidade de projeção e som no Cinema da Fundação é agora igual ou superior às melhores salas comerciais, mas com preços acessíveis de uma sala formadora de público.



















Cinema da Fundação
por LUIZ JOAQUIM

A Sala José Carlos Cavalcanti Borges, no Derby, é a casa do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, ou apenas Cinema da Fundação, localizado no prédio da instituição. Durante os anos 80, o espaço dividia suas pautas entre o teatro (o prédio abrigou o curso de formação de atores, marcador de época), a música e o cinema. Mesmo sem ter programação diária de filmes na estrutura multi-uso do JCCB, a sala apresentou rica oferta ao longo dos anos.

Sessão lotada para mais um filme no cinema da Fundação
| lembrança dos ruídos das velhas cadeiras
Em 1989 e 1990, o Cineclube Jurando Vingar, liderado, entre outros, pelo hoje cineasta Marcelo Gomes (Cinema Aspirinas e Urubus), teve ali sua casa. No JCCB foram também vistos centenas de vídeos e filmes pernambucanos e de todo o Brasil, dezenas de mostras de cinema de todo o mundo. Esse trabalho essencial foi dirigido na época por Anizio Andrade, tendo como superintendente do Instituto de Cultura Silvana Meirelles.
 

Foram eles que, na segunda metade da década de 90, trabalhando com os equipamentos já deficitários de projeção para cinema 35mm, e de luzes cênicas do José Carlos Cavalcanti Borges, partiram para renovar o JCCB através de um projeto do Ministério da Cultura. Essa verba trouxe o que na época era o mais moderno sistema de projeção e som para cinema do norte-nordeste via projetor americano de marca Strong e som Dolby SR, até então inéditos no Recife, instalados em 1997.


Luiz Joaquim com a plateia do Cinema da Fundação
Com a sala de 322 lugares reequipada, e já contando com os serviços do projecionista Joselito Gomes (ex-Art Palácio e Art-Boa Viagem, cinemas extintos) na cabine de projeção, o crítico de cinema e cineasta Kleber Mendonça Filho (que fora estagiário do Jurando Vingar) foi convidado por Silvana Meirelles, em março de 1998, para criar uma política de exibição formadora de público numa cidade culturalmente rica, mas pobre em espaços dedicados ao cinema não comercial.

O novo perfil de programação valorizaria a cinefilia num formato diário, trazendo para a sala o tipo de cinema que, de outra maneira, não chegaria ao Recife. Deixar o Cinema da Fundação em sintonia com cinemas de mesmo perfil no mundo, incentivando o prazer da descoberta do cinema eram outros objetivos. Esse perfil estreou na noite chuvosa de 23 de maio de 1998 (28 pagantes) com o filme inglês Bent, de Sean Mathias.

 Depois de um primeiro ano de pequenas conquistas que viu o novo espaço atrair aos poucos não apenas o público, mas também parceiros diversos (em especial os distribuidores), a sala José Carlos Cavalcanti Borges assumiu naturalmente a sua atual identidade: Cinema da Fundação. Foi ainda em 1998 (dezembro) que aconteceu a primeira versão do que seria a mostra mais tarde a Retrospectiva / Expectativa, na época chamada apenas Retrospectiva, e com apenas 14 filmes.
Os primeiros meses de 2005 a sala ficou interditada por oito meses para uma reforma estrutural, quando foram trocadas as poltronas por novas, maiores e confortáveis, reduzindo, com isso, a capacidade para 197 poltronas contra as anteriores 322 cadeiras. Com o patrocínio da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), o trabalho de reestruturação também ganhou um tratamento acústico e novo espaço para portadores de deficiência física (quatro lugares), além de um elevador hidráulico.




Em 2006, o Cinema da Fundação inova mais uma vez tornando-se, na região, a primeira sala de cinema com projeção digital profissional. Fazendo parte da rede de distribuição da Rain Netwok (atualmente com 152 salas digitais pelo Brasil), e através do sistema Kinocast, nossa sala lançava, a partir dali, títulos antes apenas disponíveis no formato digital. Desta forma, o Cinema da Fundação integrava o publico recifense ainda mais rápido, do que habitualmente fazia, com o mundo cinematográfico.

 A novidade abriu ainda a possibilidade de o espaço virar um concorrido local para o lançamento de vídeos pernambucanos, em função da excelente qualidade do projetor digital profissional.

Corredor do Cinema da Fundação antes da reforma para mais uma RETROSPECTIVA / EXPECTATIVA




Artigo publicado no Diario de Pernambuco, dom, 27.3.2011





Dezembro 2013 - Novamente melhor cinema do Recife

O CINEMA DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO foi votado O MELHOR DO RECIFE pelo conhecido ranking da Revista Veja. É uma conquista e tanto, considerando as 57 outras salas comerciais que dispõem de tantos recursos de mercado. Importante ver que qualidade de programação, de projeção e som ainda são fatores importantes no reconhecimento de uma sala de cinema.

Dezembro 2013 - Novamente melhor cinema do Recife























































Carta de desligamento do Cinema da Fundação de Kleber Mendonça, em 5 de outubro de 2016

Carta de desligamento do Cinema da Fundação de Luiz Joaquim, em  31 de janeiro de 2017