sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cinema - Recife



Recife real com pitadas de ironiaNa contramão de filmes sobre favela ou Sertão, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho ajusta o foco para a vivência da classe média




Luiza Maia
Publicação: 31/08/2012 03:00 no Diario de Pernambuco

Na contramão de filmes sobre favela ou Sertão, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho ajusta o foco para a vivência da classe média (BERNARDO DANTAS/ DP/D.A PRESS)
Na contramão de filmes sobre favela ou Sertão, o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho ajusta o foco para a vivência da classe média
O Recife tipo exportação tem cores vibrantes, sons de batuque e uma pitada de mazela social, com tons marrons e luz forte. Essa representação nunca agradou o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho (Recife frio, Eletrodoméstica), e é exatamente o Recife real, focado na classe média de uma rua em Setúbal (a mesma do diretor, por sinal), que virou notícia em jornais internacionais e está em cartaz em cinemas dos Estados Unidos.

Não há data marcada sequer para a pré-estreia de O som ao redor no Recife, mas o longa-metragem já pode ser visto em duas salas de cinema em Nova York. O lançamento foi tão bom (com sete das nove sessões lotadas) que a cópia foi transferida para uma sala maior. Por lá, Kleber ainda vai exibir seu primeiro longa-metragem ficcional e palestrar em quatro universidades, em outubro.
“O som ao redor é um desejo de fazer um filme muito real, muito verdadeiro, sobre a realidade que a gente vive. Durante muito tempo, o cinema brasileiro tinha dois elementos básicos: a favela e o Sertão. Esse filme mostra a lacuna que fica no meio. Mostra que a gente vive em cidades e que o Brasil é dividido em camadas sociais numerosas”, defende o cineasta, que vê uma sintonia entre o Movimento Mangue para a música e as produções do final do século 20 e início do 21 para o cinema.

O Recife é cenário frequente dos filmes de Kleber, que fez questão de situar seus curtas e colocou o nome da cidade do mais famoso deles, Recife frio (2009), ficcção científica em que um estranho fenômeno esfria a região metropolitana. “Eu cresci vendo filmes do mundo inteiro. E acho muito bonito quando um filme me apresenta um lugar. Acho que o Recife também pode ser mitificado, registrado pelo cinema”, explica Kleber, cinéfilo desde os sete anos que estudou jornalismo para se aproximar da sétima arte. Foi crítico por mais de 12 anos, carreira que largou para se dedicar ao primeiro longa de ficção. “Eu consegui fazer os curtas de uma maneira meio guerrilheira. O som ao redor foi manhã, tarde e noite, sem final de semana. Eu não teria como continuar escrevendo”, explica. Mantém há 14 anos o cargo de programador do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, e é curador do Festival Janela Internacional de Cinema do Recife, cuja quinta edição acontece em novembro.

Em O som ao redor, Kleber Mendonça volta para o medo da violência, como havia feito no primeiro curta, Enjaulado (1997). De certa forma, o longa é um retrato de qualquer recifense de classe média. O enredo se desenvolve a partir da chegada de seguranças particulares devido aos assaltos e insegurança nas redondezas e explora as relações entre os moradores, seus empregados e os seguranças, os edifícios e casas que são ao mesmo tempo fortalezas e prisões. O elenco, sem muitos rostos conhecidos, conta com Maeve Jinkings, W.J. Solha e Gustavo Jahn e o sempre excelente Irandhir Santos, protagonista de Febre do rato, de Cláudio Assis. 
O diretor Kleber Mendonça com o ator Irandhir Santos durante as filmagens (CINEMASCOPIO PRODUÇÕES/DIVULGAÇÃO)
O diretor Kleber Mendonça com o ator Irandhir Santos durante as filmagens

Desde que estreou, em janeiro, no Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2012, e conquistou o troféu de melhor filme pela Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema), o filme não parou. Uma única inscrição - o festival de Roterdã - e mais de 40 festivais até março do ano que vem. Dinamarca, Austrália, Nova Zelândia, Portugal, Sérvia, Bósnia, Polônia, Suíça, Lituânia, Berlim, Londres, Estônia e ainda a estreia nos Estados Unidos. No Brasil, estreou no 40º Festival de Cinema de Gramado, de onde saiu com quatro Kikitos. E já estão confirmados o Festival do Rio, a Mostra de Cinema de Belo Horizonte e uma sessão especial no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. No Recife, deve chegar em novembro.

Não é a primeira vez que Kleber conquista a crítica internacional. Em 2005, Vinil verde (2004), foi exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. Eletrodoméstica (2005) circulou por mais de 10 países. O último, Recife frio (2009), também passou pelo Festival Roterdã, de onde seguiu para outros, ganhando status de longa (e versão em DVD) de tanta repercussão. O próximo será Bacurau, parceria com Juliano Dornelas, ainda em fase de roteirização.

O som ao redor foi gravado na rua em que Kleber mora com a esposa, Emilie Lesclaux (produtora de O som…), em ruas próximas e no interior do estado. Exatamente há dois anos, no final do inverno recifense, durante seis semanas e quatro dias. Eram oito, mas o orçamento de R$ 1,8 milhão (para comparar, E aí, comeu? teve com R$ 5,5 milhões) e o tempo foi reduzido, assim como os honorários de Kleber e Emilie, que se pagaram apenas até a segunda semana. Mas o resultado mostra que o sacrifício valeu a pena.

Circuito

Por onde já se viu O som ao redorFestival Internacional de Cinema de Roterdã (Holanda) - Tiger Award Competition - Melhor filme escolhido pela Fipresci
New Directors New Films (EUA)

Festival Internacional de Cinema de Washington DC (EUA)

CPH PIX, Copenhague (Dinamarca) - Melhor filme
Festival Internacional de Cinema de São Francisco (EUA)

Indie Lisboa (Portugal)

Festival Internacional de Cinema de Sydney (Austrália)

Festival Internacional de Cinema de Los Angeles (EUA)

Cinema City, Novi Sad (Sérvia) - Competição Hungry Days -
Melhor filme

Festival Internacional de Cinema de Sarajevo (Bósnia e Herzegovina)

New Horizons International Film Festival (Polônia) - Melhor filme escolhido pela FIPRESCI

Festival Internacional de Cinema de Locarno (Suíça)

Festival de Cinema de Gramado (Brasil) - prêmio da crítica, melhor desenho de som, melhor diretor e prêmio do júri popular

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Programação setembro 2012

Uma experiência especial

Jornal cearense O POVO publicou na edição de sábado (25/8/2012) matéria sobre cinemas de rua e suas dificuldades. Dedicou um espaço especial para o Cinema da Fundação. No texto, o assessor internacional da Ancine, Eduardo Valente, cita nossa sala como um exemplo nacional a ser seguido.
Parabéns a todos que fazem desse cinema o que ele é.
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"Outro caso de sala com programação de cinema de arte e público assíduo é a da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife. Coordenado pelos críticos de cinema Kléber Mendonça Filho e Luiz Joaquim. O cinema da fundação, como é conhecido, se tornou ao longo da última década uma referência na Cidade, ponto de encontro inclusive da produção cinematográfica contemporânea de Pernambuco.
“A gente já chegou a exibir um filme pra uma pessoa e a nossa tranquilidade naquele momento difícil foi a certeza de que aquele trabalho deveria ser construído a longo prazo”, lembra Luiz Joaquim, remontando ao final da década de 1990.
Segundo ele, a única sala do espaço, com capacidade para 197 pessoas, hoje tem uma média de público de 1.550 espectadores por semana. Em 2011, foram vendidos 63 mil ingressos. Os programadores também não precisam mais brigar com as distribuidoras para conseguirem os filmes que querem, pelo contrário, já há uma fila para entrar em cartaz, a grande maioria das obras circularam pelo País apenas em festivais de cinema.
“Se dependesse só da bilheteria, a gente ia ter um lucro ridículo, mas conseguiria ficar de pé”, avalia Joaquim. Entre as principais razões do êxito estão, para ele, a insistência em se estabelecer um perfil de programação, a produção de eventos como mostras especiais e lançamentos com diretores, o contato direto com o público (o cinema tem uma lista com mais de 10 mil emails e perfis no Twitter e no Facebook), a exibição sempre de vários filmes em sessões alternadas e a abertura do café do cinema.
Na opinião do carioca Eduardo Valente, a experiência recifense é exemplar no País: “Eles trabalham com a ideia de que pra você trazer as pessoas pra esse cinema não basta querer competir com as salas comerciais, exibindo filmes simplesmente. Você tem que fazer com que esse público esteja participando de alguma experiência especial”. (Pedro Rocha)

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

cinema Pernambucano

O Globo falando da nova geração de diretores do Recife...
http://oglobo.globo.com/cultura/cinema-de-pernambuco-revela-uma-novissima-geracao-de-diretores-5875606#ixzz24T8eVqSn

Cena de “O som ao redor”, que rendeu o Kikito de melhor direção a Kléber Mendonça Filho
Foto: Divulgação
Cena de “O som ao redor”, que rendeu o Kikito de melhor direção a Kléber Mendonça Filho Divulgação
RIO - Longa-metragem brasileiro de maior circulação no exterior em 2012, com passagem por 14 festivais internacionais e vaga assegurada a partir desta sexta no circuito exibidor de Nova York, “O som ao redor”, de Kléber Mendonça Filho, tornou-se o estandarte de uma nova linhagem de realizadores pernambucanos. Linhagem essa empenhada em expandir os domínios autorais do polo que, desde a Retomada, é considerado o maior canteiro de transgressão narrativa do cinema brasileiro: Recife. Ao receber o Kikito de melhor diretor (além do prêmio de crítica e do júri popular) no encerramento do Festival de Gramado, no último sábado, Mendonça afirmou que Pernambuco vive numa linha ascendente de renovação nas telas. Ele se refere a uma safra de novos diretores recém-chegados aos longas, como Gabriel Mascaro, Daniel Aragão, Leonardo Sette, Renata Pinheiro, Camilo Cavalcante, Juliano Dornelles, Marcelo Pedroso, Leonardo Lacca, Daniel Bandeira, Marcelo Lordello e Tião, empenhados em explorar linguagens mais ambiciosas do que a dos responsáveis pela consagração audiovisual do estado nos anos 2000.
De lá vieram Cláudio Assis (“Febre do rato”), Lírio Ferreira (“Árido movie”), Paulo Caldas (“Deserto feliz”) e Marcelo Gomes (“Cinema, aspirinas e urubus”). Nos últimos 15 anos, eles surpreenderam plateias ao tratar com sofisticação formal e diálogos críticos a violência, o sexo e convenções mediadas pelo ranço coronelista do Nordeste, olhando para o submundo de Recife, para a Zona da Mata e seu maracatu ou para o passado. Mas a geração de Mendonça quer ir além, retratando Pernambuco com mais radicalismo visual.
— As dezenas de filmes pernambucanos dos últimos 20 anos, os bons, pelo menos, têm um fator curioso: são filmes pessoais, autorais, só aquele realizador poderia ter feito. “Muro”, de Tião (curta-metragem premiado em Cannes em 2008), só ele faria. “Baixio das bestas”, só Cláudio Assis poderia filmar. O mesmo vale para (o inédito) “Boa sorte, meu amor”, de Daniel Aragão — diz Kléber Mendonça Filho. — Nossos filmes não surgiram de receitas de bolo, nem de preocupações com o mercado.
Aos 43 anos, Mendonça fez carreira como crítico de cinema antes de dirigir curtas premiados. São dele os cults curtos “Vinil verde” (2004), “Eletrodoméstica” (2005) e “Recife frio” (2010). Há três anos, ele expôs entranhas do jornalismo cinematográfico no longa documental “Crítico”. Voltado para a paranoia que ronda a classe média no Brasil, “O som ao redor” é um thriller de R$ 1,8 milhão, cujo ator mais conhecido é Irandhir Santos. Ele estreou no Festival de Roterdã, em fevereiro, onde conquistou o prêmio da Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci). Ganhou troféus ainda na Polônia, em Copenhague e na Sérvia. O diretor tem convites para levar a mais 30 festivais estrangeiros seu painel sobre um bairro que tem sua rotina alterada após a chegada de uma milícia.
— O Brasil de “O som ao redor” é esse no qual a gente vive, das contas a pagar, dos Unos brancos, das reuniões de condomínio, da insegurança constante, da falta de cidadania — diz Mendonça Filho, lembrando com orgulho que o Festival de Brasília, programado de 17 a 24 de setembro, terá quatro longas pernambucanos em competição.
Concorrem as ficções “Era uma vez eu, Verônica”, de Marcelo Gomes; “Eles voltam”, de Marcelo Lordello; “Boa sorte, meu amor”, de Daniel Aragão; e o documentário “Doméstica”, de Gabriel Mascaro.
— O que muda no cinema pernambucano, da Retomada para cá, é o amadurecimento de que a diferença e a singularidade de cada pesquisa de linguagem devem ser valorizadas e radicalizadas, não padronizadas — diz Mascaro, que em 2010 colheu elogios pelo longa “Avenida Brasília Formosa”.
Ao analisar este momento de transição do cinema pernambucano, no qual sete novos longas estão em produção e outros 20 em desenvolvimento, o diretor Gabriel Mascaro explica que a participação do estado, a partir de políticas de fomento como o Funcultura, foi fundamental para a proliferação de uma estética mais preocupada em descobrir caminhos do que com a quatidade de ingressos vendidos. Só este ano o fundo investiu R$ 11,5 milhões na produção de projetos de cunho autoral.
— O que acontece hoje aqui é fruto de um processo histórico, que surge do diálogo entre as gerações. Cláudio Assis, Hilton Lacerda, Marcelo Gomes... toda essa geração foi importante pra gente — diz o diretor Pedro Severien, que ganhou R$ 198 mil para finalizar “Todas as cores da noite”, baseado em lendas urbanas do Recife.
Graças ao apoio estatal, uma produção em preto e branco como “Boa sorte, meu amor”, de Daniel Aragão, com o carioca Carlo Mossy, saiu do papel.
— Aqui existe uma pressão para se fazer filmes sinceros e pessoais a todo custo. Se um filme não for algo que seu diretor realmente sinta, todo mundo desce o cacete em você. Trabalhei em “O som ao redor”, e me lembro de ouvir Kléber Mendonça falar que “quem tem verdadeiros amigos não faz filme ruim” — diz Aragão, lembrando que o diretor de “O som ao redor” é uma referência entre os cineastas de 20 ou 30 e poucos anos. — Apesar de ter seus 40 e tantos, Kléber se aproximou mais da nossa geração e virou meio que nosso professor, pois ele não tinha a fama dos mais velhos e lida com a gente de igual pra igual.
Na década passada, ao exibir “Amarelo manga” (2002) no Festival de Berlim, Cláudio Assis falou que a “culpa” da qualidade do cinema pernambucano é o coentro que eles comem desde criança e que tempera o olhar. Hoje o segredo é outro: a multidisciplinaridade.
— A maioria de nós dirige, mas todos editamos, fotografamos, produzimos. Daí vem a pegada mais certeira entre o que pretendemos e o resultado final — diz Aragão.
Entre os títulos mais esperados da nova safra pernambucana estão “Animal político”, de Tião, e “A história da eternidade, de Camilo Cavalcante, parceiro de Cláudio Assis no documentário “Vou de volta” (2007) e um dos maiores curta-metragistas de Pernambuco. Roteirista-assinatura de Assis e de Lírio, Hilton Lacerda vai estrear na direção de longas de ficção com “Tatuagem”.
Além de “O som ao redor”, que estreia em novembro, há dois documentários pernambucanos prontos, à espera de vaga no circuito exibidor: “As hiper mulheres”, pesquisa indigenista do trio Carlos Fausto, Takumã Kuikuro e Leonardo Sette, e “Estradeiros”, ensaio de Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira sobre ciganos e outras tribos nômades, que chega às telas com o aval do prêmio da crítica do Cine PE.
— Somos uma geração cinéfila que procura o autoral — diz Renata, que em outubro roda “Amor, plástico e barulho”.
Preparando-se para filmar “Sangue azul” em novembro, Lírio Ferreira diz que sua geração recebe a novíssima casta pernambucana de cineastas de braços abertos:
— Cinema em Pernambuco é que nem ciranda à beira da praia. Uma onda sobrepõe uma outra e assim vai no balanço do mar.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ao Público do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco


Com mais um ano de sucesso do Festival Varilux do Cinema Francês no Cinema da Fundação, com lotações esgotadas e reclamações do nosso público, sentimos a necessidade de informar que o Festival não é uma exclusividade do Cinema da Fundação, nem a FJN exige algum tipo de exclusividade para o festival. Nossa sala faz parte de um circuito de 33 cidades esse ano e nosso público vem crescendo exponencialmente ao longo dos últimos oito anos com esse festival, período que viu o festival Varilux encontrar seu espaço e formar seu público no Cinema da Fundação.

Com a enorme procura todos os anos, alertamos os organizadores e parceiros no Rio de Janeiro que seria importante achar uma segunda sala no Recife que pudesse dividir a carga de público. A BonFilm, organizadora do festival, de fato procurou empresas que operam os multiplexes da região metropolitana do Recife e obteve respostas negativas. Os cinemas comerciais não viram nos filmes desse festival potencial comercial, ou não foram capazes de suprir questões técnicas. O Festival Varilux de Cinema Francês exige equipamento especial de projeção digital que não existe na maior parte das salas no Recife. O Cine São Luiz também não conta com esse tipo de equipamento, atualmente, nem o Rosa e Silva.

Temos, portanto, o Cinema da Fundação como a única sala da região que tem o interesse de programar o Festival Varilux do Cinema Francês, e que está equipada digitalmente para receber esse festival. Esse ano, conseguimos acrescentar uma quarta sessão a uma grade que sempre teve três sessões diárias. Ou seja, abrimos mais espaço, e ainda assim, mais sessões lotadas.

Lotações esgotadas são desagradáveis, mas infelizmente fazem parte de mostras e festivais em qualquer parte do mundo. Estamos tentando oferecer o máximo num festival que lota nossa sala de 200 lugares diariamente para uma procura duas ou três vezes maior. Há 14 anos que o Cinema da Fundação mostra um trabalho exemplar, reconhecido local e nacionalmente e que tem no público uma grande preocupação. Na verdade, sem público, não temos uma sala de cinema, e é o público que vem, a cada ano, mostrando que esse trabalho é importante.

Esperamos que essas informações facilitem uma compreensão dos problemas observados ao longo do Festival Varilux, especialmente no corredor do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, sala que traz para o Recife o cinema de todo o mundo, o ano inteiro, numa cidade riquíssima culturalmente e ainda muito pobre de opções de programação e diversidade cinematográfica.

Atenciosamente,

Kleber Mendonça Filho
Cinema da Fundação Joaquim Nabuco

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Festival Varilux de CINEMA FRANCÊS 2012


A edição do Festival Varilux de Cinema Francês de 2012 ocorrerá de 17 a 23 de agosto. O evento já consta nos principais calendários culturais e é aguardado por um público crescente que envolve desde apaixonados por cinema, passando por estudantes e amantes da língua, até pessoas que de alguma forma se interessam ou estão ligados à França e a sua cultura.
Graças ao grande sucesso das edições passadas, a expansão do festival se dá de forma contínua, tanto com relação ao número de cidades participantes do circuito como ao número de filmes exibidos,  no Recife como sempre no CINEMA DA FUNDAÇÃO.











Sucesso dos INTOCÁVEIS

O cinema francês vive um momento de grande reconhecimento, que transborda as fronteiras do próprio país. Prova disso foi o recente reconhecimento que um filme francês alcançou ao ganhar o Oscar de melhor filme.

No momento, há o outro filme, Intocáveis, de enorme sucesso na França, que desembarca no Brasil. Graças ao Festival Varilux de Cinema Francês 2012 o filme, que foi baseado em um livro, que por sua vez relata uma história real, poderá ser visto pela platéia brasileira.